Noites, belas noites, que outrora me acolhiam na paz do silêncio e inundavam-me de sentimentos fantasiosos que traziam a mágica esperança do amanhã.
Noite, bela noite de hoje que me invade com angústias irreais e faz com que eu sinta o peso da realidade.
Insônia, ah! Insônia. Carregada de dor em suas entranhas, levando à loucura da sanidade insana de saber o que é possível. E os sonhos são sempre impossíveis. Talvez por isso não durma.
A imaginação vaga da luz à obscuridade, da alegria à tristeza, e o que sobra e só incerteza. Vãs ilusões, sombras do que poderia ter sido e do que poderia ser, nenhuma clareza
Não é para entender, não é para diferenciar, não há expressão para parafrasear. Há o nítido embaçamento de tudo o que é bom e tudo o que é ruim, pois não existe nenhuma linha tênue que os separe.
É delicadeza e brutalidade, pureza e obscenidade, é excesso. Excesso do que é bom e do que é ruim, excesso, sufocante.
Sortilégio e contestação.
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