A verdade mora dentro de nós e cada um sabe pelo quê vale a pena viver. O que temos a oferecer é o que nos volta em retribuição, buscamos o próprio sofrimento com os nossos erros.
Deturpamos o que interessa ao valorizar mesquinharias e fugimos dos nossos sentimentos ao utilizar máscaras, nosso egoísmo já nos tornou enfadonhos e nossa insegurança já nos fez perder demais.
Tudo o que ocorre transformamos em um jogo, vemos como se tudo se tratasse de ganhar ou perder, nossa visão tornou-se demasiadamente limitada e quanto mais achamos nos desvencilhar das lágrimas, mais nos afogamos nelas.
Sentir tornou-e sinônimo de ousadia, precisa-se de muita coragem para se jogar, estamos sempre nos protegendo, nos mitificando, nos tornando totalmento o oposto do que queríamos.
Estamos sufocados pelas barreiras que nós mesmos criamos, sufocados pela nuvem negra que inventamos para ocultar tudo o que é bom. Somos incapazes de enxergar além porque já não conseguimos nos olhar nos olhos.
Funcionamos de acordo com o mundo, como máquinas programadas. Não mais vivemos impelidos pelos sonhos e pela chama. O calor se dissipou.
O milagre da frieza que leva a prosperidade baniu o fogo no nosso espírito que nos dirigia à alegria.
A neblina da noite guarda todos os desejos e pensamentos mais obscuros, porque é só à noite que nos sentimos livres para nos rendermos as nossas emoções. A noite traz a magia perdida, por guardar a falsa esperança de que amanhã será um outro dia...
terça-feira, 27 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Frase da noite....
'' Só chegamos a algum lugar quando sabemos aonde ir, se não sabemos já estamos onde deveríamos estar.''
Caminhos
Destino. O que seria da vida se soubéssemos o que iriamos encontrar a cada esquina? Estaríamos assim reparados para tudo ou ainda sofreríamos com a mesma intensidade as dores da perda ou ainda continuaríamos agindo da mesma forma frente a uma louca paixão? Sentiríamos todo o ardor do desejo e o amargo da derrota? Se tudo estivesse cuidadosamente traçado, que graça teria?
A vida é uma sucessão de caminhos tortuosos e arenosos, cheia de rios, pontes e pântanos, onde às vezes conseguimos ir em frente, às vezes afundamos e às vezes contornamos, mas acima de tudo a vida sempre nos oferece várias direções.
Claro que nunca sabemos para onde seguir, nunca sabemos o que há do outro lado, e pior do que isso - o que nos deixa totalmente ensandecidos - nunca saberemos o que poderia ter acontecido se tivéssemos pegado outras direções.
E daí vem tantos arrependimentos, insatisfações, confusões. A mente vira uma bagunça insana e a vida, a vida torna-se uma tormentosa tempestade.
Nada dá certo, você oferece o melhor de si e nunca recebe nada em troca. Não é para dar certo. A vida não é a felicidade, nunca foi, nunca vai ser. Você sente que está vivo a cada dor, a cada perda, a cada lágrima, a cada riso, a cada toque, a cada dia. Nada disso é para sempre. Nem a dor e muito menos a alegria. Nada perpetuará a eternidade, cada acontecimento é singular em sua pluralidade. Somos todos efêmeros e jovens demais para nos lembrarmos disso.
Amor
De uma forma ou de outra, não importa a raça, a crença ou a opinião, estamos todos em busca de um complemento. Estamos sempre em busca de alguém que se importe conosco, que nos guie, que nos dê suporte, carinho, consolo, e durante nossa jornada encontramos muitas pessoas que nos oferecem isso, oferecem-nos suas vidas, seu corpo e sua alma.
Porêm o amor é visto como algo estável e eterno tanto quanto um diamante, e jogamos as turbulências para a paixão. Mas uma relação não é preenchida só pela paz, relações implicam conflitos, discussões, defeitos, erros. A vida infelizmente não se encaminha para um cenário de primavera com os dizeres “felizes para sempre”, pois na vida a primavera não é eterna, ela é sucedida pelo verão, outono e inverno. Por isso, ao fim de uma relação muitos dizem: ”- achei que era amor, mas era só paixão.”
Eternas são as lembranças.
Porêm o amor é visto como algo estável e eterno tanto quanto um diamante, e jogamos as turbulências para a paixão. Mas uma relação não é preenchida só pela paz, relações implicam conflitos, discussões, defeitos, erros. A vida infelizmente não se encaminha para um cenário de primavera com os dizeres “felizes para sempre”, pois na vida a primavera não é eterna, ela é sucedida pelo verão, outono e inverno. Por isso, ao fim de uma relação muitos dizem: ”- achei que era amor, mas era só paixão.”
Por que não era amor? Por que não saiu como o planejado? Por que não suportou os erros? Por que não teve perdão? O que sentiram deve ser menosprezado por que não foi eterno? Não, não é isso que penso. O amor deve ser visto nos olhos e aproveitado a cada segundo, deve ser demonstrado de forma que cada toque seja uma lembrança, o amor vem do carinho e da compartilhação. Mas nem por isso o sentimento é para sempre, senão não falaríamos no primeiro amor, seria apenas o único. Amamos aqueles que queremos ver felizes, mesmo que a felicidade destes não esteja em nós. Isso é amor.
"Não existe um amor feliz."
do livro: O amor é só uma palavra
de: J. M. Simmel
sábado, 10 de julho de 2010
Plenitude
Quatro horas da manhã e eu aqui pensando na vida, nas pessoas, nos relacionamentos. É tão misterioso o modo como alguém desperta nossos sentimentos. Como explicar o que se sente? Como demonstrar isso?
Nossa vida é definida nas nossas relações ou na ausência delas, e quantas chances disperdiçamos, quanta coisa errada fazemos por não sermos suficientemente capazes de lidar com aquilo que temos de melhor.
Brigas vãs, palavras mal interpretadas, ações incompletas, levam-nos a perder pessoas que nos fazem felizes, mais completos, que realmente dão sentido a nossa vida. Sentido sim, não significado, sentido na questão de nos fazer sermos nós mesmos, sem dissimulações, sem defesas, sem ter que ficar incansavelmente à procura de um porto seguro.
E a vida é tão breve. Quantos de nós deixamos de falar, deixamos de fazer, deixamos de ajudar e então a pessoa se vai, de uma forma que nunca mais poderemos voltar a vê-las, e as palavras, os carinhos, os beijos e abraços ficam suspensos no ar, sem serem ditas, sem serem dados, sem serem trocados.
Nosso tempo é tão curto e temos medo de sentir porque nos habituamos a acreditar que após o amor - ou junto com ele - vem a dor. Tem que ser sempre assim? Tudo que nos toca a alma deve ser carregado de espinhos?
Queria que tivessemos coragem de sentir, de amar, de nos entregar a todos os tipos de amores, de mãe, de pai, de irmão, de homem, de mulher. Pois o que há de mais sincero no mundo se não é a preocupação sem interesse? O que há de mais belo se não é o cuidado? O que há de mais puro se não é o sorriso desinteressado? Não seria esse tipo de gesto que classifica nossa raça como humanidade?
Então por que temos medo e deixamos as pessoas irem e virem como se não nos importássemos? Por que? Quando o calor humano deixou de ser nossa principal fonte de vida?
domingo, 4 de julho de 2010
Frase da noite
"O tempo tem uma ordem tão grandiosa que só é exatamente marcado pelos loucos, pois eles sabem que o tempo não necessita de marcação."
Six Feet Under
Six Feet Under (À Sete Palmos) é uma premiada série de televisão que gira em torno da família Fisher (donos de uma funerária - que funciona dentro da casa dos mesmos), dos seus clientes e das pessoas com as quais se relacionam.
O impressionante da série é como conseguem retratar os dramas, medos, alegrias e dúvidas que todos nós temos. O fascinante é como mostram a fragilidade da vida real, através dos personagens, em todas as
idades, gêneros e cores.
As histórias tendem a ser impactantes, pois vemos - nua e cruamente - fatos que ocorrem todos os dias e que nós ignoramos, seja porque não aconteceu conosco ou por outro motivo qualquer. Vemos na tela a hipocrisia em que estamos imersos, o quanto as pessoas são capazes de machucar com palavras e ações - seja sem pensar ou simplesmente por diversão.
A mistura homogênea de vida e morte, lágrima e riso, alegria e tristeza, leva-nos a refletir o quanto damos importância para coisas imbecis e o quantos nos esquecemos do que realmente importa. Companheirismo, sentimentos, liberdade, confiança, momentos...tanto há para se aproveitar e teimamos em morrer como miseráveis.
Precisamos renascer, abrir os nossos olhos para a felicidade que nos envolve e enfrentar e aceitar melhor as dificuldades que a permeiam. Aceitar e respeitar as diferenças, porque na verdade o que todos queremos é a felicidade.
Por que insistimos em não deixar os outros serem felizes? Por que insistimos em não fazer os outros felizes?...
"Temos que morrer para que a vida seja algo importante"
Nathaniel Fisher Jr. - Six Feet Under
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