Somos todos loucos, loucos inconpreendidos. Das nossas loucuras nasce nossa diversão e da incompreensão alheia, nossos defeitos.
Defeito, mania, sandice, adjetivos usados para nomear nossas diferenças. Me pergunto: se somos tão diferentes uns dos outros, por que se quer tanto que sejamos iguais? É mais difícil igualar-se do que respeitar, e isso não parece tão claro.
Frequentemente chamamo-nos uns aos outros de loucos, somos assim mesmo incapazes de assumir nossa própria anormalidade? Afinal já não sei o que é normal, se é que há - ou já houve - tal definição.
Existe, a meu ver, um padrão idealizado e como tudo o que é idealizado só é possível de existência na nossa imaginação, a vida não é como os filmes e nos não somos personagens com falas e ações milimétricamente pensadas e ordenadas.
Talvez o conflito da insanidade venha da falta de entendimento entre as pessoas, a lógica inventada que não nos deixa entender por que o outro não quer aquilo que buscamos com tanto afinco. As oportunidades se mostram deveras injustas nesse ponto e é loucura alguém recusar o que agarraríamos com unhas e dentes.
Loucura e normalidade se apresentam assim como termos vãos, todos sabem o que é, porém de acordo com seu próprio ponto de vista.
Sim, sim. Tu dirá que é loucura o que escrevi, e o é, como todas as ações naturais feitas por todos os seres desde quando o mundo é mundo. Desde quando mundo é mundo? Não sei.
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