A neblina da noite guarda todos os desejos e pensamentos mais obscuros, porque é só à noite que nos sentimos livres para nos rendermos as nossas emoções. A noite traz a magia perdida, por guardar a falsa esperança de que amanhã será um outro dia...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Sentada. Procurando um futuro que não existe. Juntando a esperança que eu nunca tive para ver se restou ao menos um pouco. O que significa a palavra desistir? Quais são as características da desistências?
Qual é o sentido de tanta brutalidade vívida que leva o ser a não ser mais nada? O que nos espera e o que esperamos? Por que sempre tem que haver conflitos?
A rotina é o cansaço de viver, é a entrega e esquecimento do que queríamos ter vivido. Entre os erros e os fracassos existem os suspiros, de arrpendimento. E a contraversão de que se não tivesse sido assim não seria assim, não teria essa parte boa. O que prefereria?
O mal de nunca saber e a inquietação de querer saber. Conversas imperadas pelos "se's" em meio ao nada que não é. Manipulação de sonhos. O que você pode e não pode, o que você deve e não deve. A culpa por querer o que te ensinaram a não fazer.
A dor no olhar por um sofrimento imaginário, a mente que torna o ser demente por não ser capaz de compreender. O futuro. Puro futuro, que não é e pode chegar a não ser. A tensão de continuar no "se" e no "por que". A eternidade se torna eterna demais. O tempo parece sufocante. É maçante querer. E só é maçante por nunca se ter. A necessidade de soluções instantâneas quando só precisava de um pouco de apoio e compreensão. Perdão.
C O N F I S S Ã O
Querer ver, tocar, sentir.
Querer meu corpo no seu
entrelaçado, quente, vivo.
A saudade corta o início da noite
que não te trouxe a mim.
Não, nao estava acostumada a isso,
mas a gente se acostuma tão rápido.
E não sai dos meus pensamentos
teu toque e tua boca
e meu gosto na tua boca
e você em mim.
E a esperança que o mundo acabe
que tudo desabe
enquanto tenho você e tens a mim.
O querer assusta,
e como assusta
e como quero você
e me entregar a você.
O perigo é límpido e vívido
de te querer sempre comigo
que me desperta e me leva aos sonhos
que me confunde, engana e desengana
e que nunca tinha parecido tanto
com o amor.
Querer meu corpo no seu
entrelaçado, quente, vivo.
A saudade corta o início da noite
que não te trouxe a mim.
Não, nao estava acostumada a isso,
mas a gente se acostuma tão rápido.
E não sai dos meus pensamentos
teu toque e tua boca
e meu gosto na tua boca
e você em mim.
E a esperança que o mundo acabe
que tudo desabe
enquanto tenho você e tens a mim.
O querer assusta,
e como assusta
e como quero você
e me entregar a você.
O perigo é límpido e vívido
de te querer sempre comigo
que me desperta e me leva aos sonhos
que me confunde, engana e desengana
e que nunca tinha parecido tanto
com o amor.
O passado sufoca, não por arrependimentos ou culpa, mas por julgamentos alheios. A eterna frase do "eu nunca faria", a eterna superioridade. A teia de observações inócuas e superficiais, o encadeamento do "eu acho", a primeira pedra, e a segunda, e a terceira, e todas as outras.
Quem você nao vê, te vê, te grava, te julga, tenta entender e esquece de entender a si e não aos outros. Como ficou gravado em "Alice no País das Maravilhas" se cada um cuidasse da sua própria vida o mundo giraria mais rápido. Se fosse ou se não fosse, se tivesse sido, na história e na vida não existe "se". Não há raiva, nem culpa. O que sinto realmente é pena. Pena das conversas de elevador, pena das discussões de supermercado, pena das intrigas e principalmente pena de quem se entrega a isso.
Não, não, isso não é vida para mim. Todas essas faces mascaradas, insossas, todas essas pessoas de vida sem graça que só se ocupam da vida dos outros. Todas essas pessoas que não sabem amar, só sabem fingir e martirizar amores egoístas, buscando algo que nem sabem e não obtendo nada, nem paz, nem felicidade.
Pandemia de atuação. Novela, novena, peças, teatro. A tragicomédia que apenas esmaga, maltrata e destrói. E os loucos são aqueles que não se entregam a loucura. Caos, bagunça, insanidade. Prefiro o abismo, sem confronto e sem atuação.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Passagem...
Não é que eu não queira
não é que eu não goste
é que tudo isso é mais forte
do que você possa imaginar
Passei muito tempo
vivendo por aí
e de tanto viver, me esqueci
de sentir
Desculpe mas é a verdade
todos se cansam de mim
Esse meu pessimismo que invade
e em tudo põe fim
é a minha dor, perdição
companhia nas minhas noites de solidão
mas mesmo com todas as feridas
é também minha salvação
É isso, é tudo, é a vida
promíscua, árdua e cruel
não me peça para mudar
você pode não acreditar
mas meu coração é fiel
Vou levar tua lembrança
para onde quer que meu corpo vá
quem sabe daqui alguns anos
me arrependerei de tudo que fiz
mas por enquanto, me perdoe
mas não posso ser feliz.
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